sexta-feira, agosto 27, 2010
ETAPA GRAN VALIRA 2
O dia começou bem cedo (ou terá sido o dia anterior que nem acabou??) para o Alberto Trancador. Passava das 3 da madrugada quando saiu do quarto, onde o companheiro Alberto Roncador dava um novo significado a roncopatia (aposto que Magalhães foi ver esta do dicionário...) e se plantou à porta do hotel a aguardar a chegada do Alberto Medalhad’or. E à hora prevista, este chegou, passou e desapareceu pelo escuro da Avinguda Sant Antoni. Resolvidos os problemas com o acelerador preso da Focus e feito o check-in, despachou-se a carga para o quarto. O Alberto Trancador aproveitou a largura extra da cama e adormeceu on the spot, sem sequer dar tempo de fazer um briefing ao recém-chegado.
À hora do costume, a mesa do pequeno-almoço apresentou-se mais animada, e depois de postas em dia as novidades trazidas na mala pelo novo Alberto, foi tempo de fazer a previsão meteorológica para o dia com o Jorge. E uma vez que este afirmou que não ia chover, lá seguimos de fato de chuva e em caravana até GrandValira para a segunda ronda neste bike park.
Resolvidas as formalidades com a sempre prestável senhorita Tini, o pelotão aprestou-se para a primeira contagem de montanha, não sem antes ver a telecadeira parar mais uma mão cheia de vezes enquanto o Alberto Stressador tentava ainda resolver esse mistério de colocar a bike no respectivo suporte.
As hostilidades propriamente ditas iram começar logo por Els Bassots, tendo no entanto o pelotão deixado pelo caminho o Alberto Stressador, com um pneu rebentado (avaria a que não deve ter sido alheia a tentativa de intervenção sobre os raios na noite anterior). E foi assim, perante o olhar indiferente das marmotas à passagem dos corredores, que num ápice ficou despachada a secção Parabólica/Nou Obac/Verda/Avet. À chegada à base, a caravana foi informada pelo prestável operador da telecadeira que “su compañero que no sabe colocar la bici se fue ya, i andara por ahy...”. Ou seja, contrariamente ao combinado, o Alberto Stressador arrancara em direcção ao topo a todo o gás, sem dúvida convencido que, após 30 minutos, ainda ia a tempo de apanhar o pelotão. Perante o cenário de desencontros que se desenhava, o pelotão acabou por se fragmentar em três grupetos: o Alberto Stressador a correr atrás do prejuízo, os Albertos Trancador e Medalhad’or em busca do tempo perdido, e os restantes corredores, à procura do primeiro.
Foi necessário ainda um bom par de descidas para que o pelotão reagrupasse. Para tal, foi crucial a passagem pela cabeça da corrida do mano Schleck mais novo, que imprimiu uma cadência tal para sacudir a pressão que acabou em cima de uma árvore, tudo isto assistido de bancada pelas marmotas que àquela hora varriam a entrada das tocas, e dos Albertos Trancador e Medalhad’or, bem sentados na telecadeira. Antes do abastecimento, faltava ainda superar uma secção de percurso que não constava na ronda anterior. A pista Nou Obac II, que no mapa estava “Tancat”, mas na prática estava circulável. Mais uma vez, as despesas da corrida couberam ao camarada Trancador, que apesar dos infundados protestos do Alberto Rocador (que mais tarde viriam a ser rechaçados pela lente do Alberto Filmador), deu boa conta do recado. O pelotão reuniu novamente na ponte sobre o rio Valira, e seguiu em fila compacta até à estância de Soldeu, onde aguardava a hamburguesa da ordem.
Para grande alívio de todos, desta vez havia sombra com fartura, pelo que o Alberto Rosnador pode dirigir as suas energias contra a má qualidade do pão local. Mas logo as sombras se transformaram num céu negro de chumbo, e em menos de nada, o piso de madeira da esplanada ecoava com o barulho das bolas de “granito” gelado caídas do céu. A chuva caía de forma intensa e sem dar mostra de tréguas, pelo que a caravana começou a ponderar a hipótese de interromper a etapa a meio. O Alberto Medalhad’or ainda sugeriu alugar uma canoa expresso em direcção à Caldea, para que a sua viagem expresso não tivesse em vão, mas as condições não estavam de feição. E foi assim, com o espírito quebrado, que o pelotão iniciou a última descida do dia, onde ainda houve tempo para resolver alguns casos pendentes entre os atletas. Enquanto os irmãos Schelck discutiam para ver quem caía nas poças mais lamacentas, o Alberto Rosnador ameaçava as nuvens com uns valentes rotativos, e o Alberto Stressador media forças mais uma vez com o comprimento das mesas americanas (e este ganhou quase sempre), os Albertos Roncador e Trancador punham finalmente em pratos limpos a questão de quem tranca quem. No final do trilho, o Trancador ainda teve tempo de tirar os goggles e esperar que o seu adversário mais directo chegasse.
Lavadas as máquinas e enxaguado o equipamento, o pelotão destroçou em direcção ao hotel sem mais novidade. E como lá chegados ainda estávamos encharcados até aos ossos, em boa hora os Albertos Rosnador, Trancador, Roncador e Medalhad’or partiram em direcção às águas quentes da Caldea, para 3 horas de massagens aquáticas e lavar a vista da lama que marcara o final da etapa.
A hora do jantar foi aproveitada para definir a estratégia para a derradeira etapa. Os mais stressados e furiosos queiram ficar, enquanto o resto do pelotão se inclinava mais para os montes a Leste, em direcção a La Molina. E foi a pensar na estância de Alp 2500 que os camaradas recolheram aos seus quatros para preparar a partida madrugadora do dia seguinte. Uma nota: não houve passagem de modelos TLD...
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2 comentários:
veracidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
wtf?
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