Dia 7 e 8: Prólogo – Lisboa – La Massana.
Excelente estratégia esta, a de fazer o aquecimento logo na etapa mais comprida. O pelotão reuniu lá para as bandas da Damaia, e apenas com 30 minutos de atraso em relação ao previsto, lá arrancámos em duas viaturas rumo ao Norte. A primeira dificuldade que se apresentou foi o calor. Mesmo bem entrados pela madrugada, rolámos pela Extremadura dentro com temperaturas a rondar os 30º graus. Recorrendo ao melhor engenho que nos caracteriza, improvisou-se um sistema de ar condicionado mecânico que lá foi refrescando um furgão cheio de Albertos já às voltas com o sono. Pequena paragem para reabastecer o depósito e enganar fome, e troca de condutor. As conversas dentro das viaturas davam mostras que as cabecinhas já estavam longe do seu melhor... Contornámos Madrid sem dificuldade, e em Guadalajara o pelotão tomou o seu pequeno-almoço. O Sol ainda agora despontava e já os mouros se empanturravam com big macs, deixando atrás de si um rasto de lixo nauseabundo.
Entrados na região de Aragão, o sono começou a fazer baixas na caravana, com sucessivas trocas de condutor e acesas discussões para ver quem ficava com o chão e o banco de trás do furgão. Já o dia ia bem entrado quando demos cabo de um delicioso e fresco melão que trouxe o camarada Alberto Filmador, e atacámos o sopé dos Pirenéus, nosso objectivo. Antes de chegarmos ao destino ainda houve tempo para a caravana apitar ruidosamente a umas espectadoras que, em trajes menores, se entretinham à beira da estrada a ver quem passa. Chegámos à meta já com o camarada Alberto Stressador a fazer jus ao nome, por causa do gasóleo 0,0003 cêntimos mais barato que devíamos ter abastecido lá atrás.
Feito o check in, os Albertos agruparam-se. Trancador e Roncador num, e o Stressador, Filmador e Rosnador noutro. Para não levantar suspeitas com tantos Albertos, os outros dois camaradas registaram-se como irmãos Schleck. Aqui ficámos logo a saber que nem todos os Albertos são iguais. Uns têm direito a varanda com flores, outros têm direito a um quarto com estore avariado e onde nem cabem as montadas. Só depois de muito reclamarem na recepção, e ameaçarem pôr o Alberto Roncador) a dormir no átrio (com consequências devastadoras para os restantes hóspedes), este e o Trancador lá receberam um outro quarto, e ainda assim tiveram de pôr mobília na rua.
Antes do jantar, ainda houve tempo de ir à piscina refrescar o corpinho. Em vez do banho, tivemos direito a uma prelecção sobre as 923932 regras de utilização do espaço pela nadadora-salvadora de serviço. E isto quando ainda nem tínhamos tirado os chinelos...
Os camaradas jantaram, e ainda houve tempo para uma passagem de modelos da TLD (colecção exclusiva de 2012, só para nós). A seguir, foi tudo para a cama, a sonhar com a etapa de montanha do dia seguinte. Uns dormiram, outros nem por isso...
Continua no próximo capítulo.
ass. Alberto trancador (careca)
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