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terça-feira, agosto 31, 2010

ETAPA LA MOLINA







Conforme ficara democraticamente decidido na noite anterior, a caravana apresentou-se para um pequeno-almoço madrugador, já com a tralha arrumada. Com o estômago cheio e o check-out tratado, era tempo de rumar a La Molina. Antes porém, despedida dos manos Schleck, que não aguentaram o ritmo e regressaram mais cedo a casa, e praxe aduaneira na fronteira espanhola. A viagem com destino ao novo bike park fez-se sem novidade, e depois de dar uma espreitadela no hotel Roc Blanc e reservar os quartos, seguimos à procura do almejado destino. E quanto mais procurávamos, mais ele se escondia. Por fim, após muitas rotundas e inversões de marcha, lá vimos uma nesga de um cartaz a anunciar o dito.

Eram cerca das 10.30 locais quando, com a tralha preparada e o forfait tratado, demos início às hostilidades com esta etapa, da qual tínhamos ouvido histórias arrepiantes, principalmente a temida pista negra. Com a sua conhecida habilidade e cabeça de vento, o Alberto Stressador tornou-se logo muito amigo do operador da cabine. Desta vez foram os goggles que quase ganharam uma viagem completa no carrossel.

Com um bom senso invulgar nestas coisas, optou-se por começar pela pista azul, para apalpar terreno e ver se as nuvens negras do dia anterior tinham deixado o piso circulável. E tinham. O traçado revelou-se agradável, embora feito a medo pela quase totalidade do pelotão. Contudo, ainda a primeira descida não tinha terminado, já o parque fazia jus à sua fama de mauzão (se bem que neste caso, mais por falta de bom senso do que qualquer outro motivo). Tendo entrado no wood park já a pensar “ah, isto afinal não é assim tão mau”, siga para cima dos relevês em madeira molhada, e pronto, está aberto o marcador. La Molina 1 – Albertos 0. Foi mais o aparato e a nódoa negra na perna do Trancador que outra coisa, mas ainda assim o suficiente para deixar o corredor abalado o resto da manhã.

Seguiu-se a pista da marmota, de onde os ciclistas trouxeram duas recordações: o perfume característico dos trilhos frequentados por ruminantes e trialeiras de perda molhada e aguçada. Muitas e inclinadas, umas a seguir às outras. E que nunca mais acabavam. Afinal parece que sim, isto é mesmo mauzinho. “Depois do almoço já não desço mais.” Mas como não há bem que nunca acabe, nem mal que sempre dure, foi com agrado que vimos ao longe a já conhecida entrada para o wood park, que tornou a fazer estragos no pelotão. Desta feita foi o Alberto Filmador, que depois de subir exageradamente o wall ride, percebeu tarde demais que não levava velocidade para concluir a manobra. La Molina 2 – Albertos 0. Alguns Albertos começaram a levantar a possibilidade de não comparecer à partida depois do almoço.

Mais uma descida, mais uma surpresa. Desta feita era a pista vermelha normal. Até certa altura, o pelotão rodou tranquilamente. E inclusive, quase assistimos, incrédulos, ao Alberto Roncador a passar um road gap de dimensões consideráveis (reparem que eu disse “quase...”). E dali em diante, foi sempre a descambar. Descidas com uma inclinação brutal, relevês em borracha (WTF???), mais trialeiras com escapatória directa para o traseiro do demo (eu disse d­o Demo, e não da Demo...), mas isto nunca mais acaba? Afinal acabava. No wood park... o pelotão decidiu ir conhecer os duplos que ficam mesmo ao lado.

E com tudo isto, era hora de reabastecimento. Os Albertos rolaram compactos (de tão amassados que estavam) até ao Burger King local, onde lhes foi introduzido o novo conceito de self-service. Café? Tome lá os grãos moídos e faça “usted mismo”. Hamburguesa? Os aventais estão “à la mano derecha”.

O espírito pós-reabastecimento era francamente desanimador. Os corpos doridos (uns mais que outros), as nuvens que começavam a surgir por detrás do pico do Cadi, as trialeiras e as raízes molhadas, e o receio da tão falada pista preta ditaram a separação do pelotão. Os Albertos Stressador, Filmador, Rosnador e Roncador foram tentar a sua sorte na dita, enquanto os Albertos Trancador e Medalhad’or se ficaram por trilhos já conhecidos, com a promessa que seria a última descida. Mas à medida que o final se aproximava, lá vinha o pensamento “Bem, só mais uma e depois acabamos”. E nem o wood park escapou. A secção de shores que dava acesso ao slope style estava mesmo, mesmo a pedir só mais uma.

À entrada para a telecabine, os destemidos Albertos que tinham ido explorar a mítica pista negra contavam entusiasmados que afinal esta tinha mais fama que outra coisa, e que em comparação, a pista marmota era bem pior. E foi com este pensamento que o grupo de Albertos mais pequeno, já lançado slope abaixo para mais uma dose de pista azul, resolveu arrepiar caminho e tentar a sua sorte. Uma primeira secção já conhecida da pista vermelha, depois algumas trialeiras em cima de relevês que deram algum trabalho a negociar, sempre com o traseiro do demo à espreita lá em baixo, e depois a tão falada pista “ancha” (e não “larga”), que era não mais do que um estradão com uma pendente incrível e os relevês mais abusados de todo o Tour, tudo isto apimentado por saltos e peões assustados! E para terminar, o shore “caracol”, que de manhã teria sido morte certa. Foi com alguma surpresa que os dois grupos de Albertos se reencontraram junto ao Lago La Molina. Mas o sorriso que espreitava por dentro dos capacetes dizia tudo.

As sombras do Tossa d’Alp que começavam a cobrir a encosta, e as nuvens que apareciam em força indicavam que era hora de apertar o ritmo. Os seis Albertos fizeram mais uma passagem rápida pela pista azul, por aquela altura já eleita a favorita. Desta vez, o ritmo era mais fluido, com muitas picardias e ajustes de contas pelo meio. A secção dos duplos e relevês naturais dentro do pinhal suplicava mais uma passagem, o que foi aceite de bom grado pelo pelotão. Antes, tempo ainda para treinar os whips e outras manobras arriscadas na secção de slope style, onde os shores, duplos e drops em madeira já não apresentavam segredos.

E foi já a fugir à chuva que rolava encosta abaixo atrás do pelotão, que os Albertos se lançaram em louco sprint até à meta, não sem antes o parque colocar novamente toda a gente em sentido, depois de o Alberto Filmador ter alargado uma trajectória e voado para cima de um pinheiro. La Molina 3 – Albertos 0. Mas nem isto desmoralizou os corredores, que em fila compacta foram devorando em grande velocidade os últimos metros de “descenso” deste louco Tour dos Pirenéus. Em tão grande velocidade, diga-se, que no último duplo o Alberto Trancador viu com algum espanto a recepção a ficar perigosamente lá para trás... “Upsss”! E pronto, estava feito o resultado final. 4 secos sem resposta, só para não terem a mania que La Molina é como “na parte Norte”.

Lavadas as montadas e arrumada a tralha, alguns Albertos cederam à pressão do Stressador, que insistiu em ainda vir a Ouressa tomar banho e ver mais uma capítulo da Lua Vermelha. Os apressados repetiram a dose de hamburguesas “faça você mesmo” e depois das despedidas, fizeram-se à estrada para 1300 km de caminho até casa, após um dia esgotante.

Os Albertos Trancador e Medalhad’or baixaram ao hotel em todo o conforto. Da janela do quarto podíamos observar o árduo trabalho pré-época das futuras campeãs espanholas de ski, e tudo isto sem sequer sair da cama. Depois do jantar, enquanto confraternizavam com a selecção espanhola feminina de ski alpino, numa animada partida de snooker em conjunto, puderam observar o país a arder e a monumental colecção de troféus de caça existente no fumoir do hotel. O dono do hotel, o conhecido esquiador Josep Maria “May” Luengo, explicou que se tratava de cabeças de ciclistas incautos que tinham vindo a La Molina a pensar que eram “muita malucos”...

ETAPA LA MOLINA

la molina from paulo fininho on Vimeo.

domingo, agosto 29, 2010

Crónica Negra

Boas

Depois de me ter visto negro para arranjar companhia para pedalar no Domingo de manhã, , mesmo com a sugestão de um mergulho na praia do Abano...não adiantou, não consegui.
Então tive a "brilhante" ideia de ir dar uma volta Btt na Serra e verificar o estado do trilho dos burros e Pinheirinhos, após o incêncio do mês passado.

Estacionei a viatura junto ao Restaurante Abano, e às nove horas já estava a pedalar...serra acima...ia-me arrependendo, é que depois de pedalar 500km numa bicicleta de 8kg com os pneus da grossura do dedo indicador, a minha rigida de 13kg...parecia ter 31kg, e continuando com os mesmos algarismos...foram literalmente 13km a subir até à Peninha...

Enquanto ia pedalando com a "avózinha", ia pensando que o meu consumo era idêntico ao da nossa Transit...gastei 1 Lt para lá chegar acima, a carrinha gastaria o mesmo, só que demoraria menos 1 hora e ainda carregava mais 6 bicicletas e respectivos rider´s... :)

Depois foram 4,5km a descer. O trilho dos Burros, está porreiro e seco, dei apenas por falta do duplo do Fino, as tábuas que escoravam a terra dessapareceram, e agora desce-se por ai, o mitico Road-Gap lá está a aguardar pelos corajosos.

Agora do outro lado da estrada, é que a coisa tá preta! Tudo o que fazia sombra e era verde, desapareceu...até à praia do Abano.





...A aguardar companhia para a proxima volta...mas com Ford Transit, com 220mm de curso na traseira e mais borracha nos pneus :)

Abç. Grilo

sábado, agosto 28, 2010

Off topic: Next Gold Generation

A Militia não gosta da bola, mas desta vez deixamos uma adivinha...
P: Qual a diferença entre o Benfica e o queixo do Ramiro?
R: O queixo do Ramiro tem mais pontos!

Este rapaz é um espectáculo. Foi fazer a ciclovia Monção-Valença, e perto dos 8 km, a dar grande avianço na mãe e no avô, foi com os queixos ao chão.
Ficou a sangrar e a chorar profusamente, mas ainda assim não quis ir embora ao colo da mãe. “Quero ir na minha bicicleta!” E foi. Foi, e levou três pontitos sem sequer se mexer.
Moral da história: não andem na ciclovia, que é perigoso. Já o tio dele foi atropelado por um táxi na ciclovia de Cascais, junto à Avalanche. Vá, ide todos para Sintra, que lá o chão é molinho!



By: Alberto Trancador Junior

sexta-feira, agosto 27, 2010

ETAPA GRAN VALIRA 2


O dia começou bem cedo (ou terá sido o dia anterior que nem acabou??) para o Alberto Trancador. Passava das 3 da madrugada quando saiu do quarto, onde o companheiro Alberto Roncador dava um novo significado a roncopatia (aposto que Magalhães foi ver esta do dicionário...) e se plantou à porta do hotel a aguardar a chegada do Alberto Medalhad’or. E à hora prevista, este chegou, passou e desapareceu pelo escuro da Avinguda Sant Antoni. Resolvidos os problemas com o acelerador preso da Focus e feito o check-in, despachou-se a carga para o quarto. O Alberto Trancador aproveitou a largura extra da cama e adormeceu on the spot, sem sequer dar tempo de fazer um briefing ao recém-chegado.

À hora do costume, a mesa do pequeno-almoço apresentou-se mais animada, e depois de postas em dia as novidades trazidas na mala pelo novo Alberto, foi tempo de fazer a previsão meteorológica para o dia com o Jorge. E uma vez que este afirmou que não ia chover, lá seguimos de fato de chuva e em caravana até GrandValira para a segunda ronda neste bike park.

Resolvidas as formalidades com a sempre prestável senhorita Tini, o pelotão aprestou-se para a primeira contagem de montanha, não sem antes ver a telecadeira parar mais uma mão cheia de vezes enquanto o Alberto Stressador tentava ainda resolver esse mistério de colocar a bike no respectivo suporte.

As hostilidades propriamente ditas iram começar logo por Els Bassots, tendo no entanto o pelotão deixado pelo caminho o Alberto Stressador, com um pneu rebentado (avaria a que não deve ter sido alheia a tentativa de intervenção sobre os raios na noite anterior). E foi assim, perante o olhar indiferente das marmotas à passagem dos corredores, que num ápice ficou despachada a secção Parabólica/Nou Obac/Verda/Avet. À chegada à base, a caravana foi informada pelo prestável operador da telecadeira que “su compañero que no sabe colocar la bici se fue ya, i andara por ahy...”. Ou seja, contrariamente ao combinado, o Alberto Stressador arrancara em direcção ao topo a todo o gás, sem dúvida convencido que, após 30 minutos, ainda ia a tempo de apanhar o pelotão. Perante o cenário de desencontros que se desenhava, o pelotão acabou por se fragmentar em três grupetos: o Alberto Stressador a correr atrás do prejuízo, os Albertos Trancador e Medalhad’or em busca do tempo perdido, e os restantes corredores, à procura do primeiro.

Foi necessário ainda um bom par de descidas para que o pelotão reagrupasse. Para tal, foi crucial a passagem pela cabeça da corrida do mano Schleck mais novo, que imprimiu uma cadência tal para sacudir a pressão que acabou em cima de uma árvore, tudo isto assistido de bancada pelas marmotas que àquela hora varriam a entrada das tocas, e dos Albertos Trancador e Medalhad’or, bem sentados na telecadeira. Antes do abastecimento, faltava ainda superar uma secção de percurso que não constava na ronda anterior. A pista Nou Obac II, que no mapa estava “Tancat”, mas na prática estava circulável. Mais uma vez, as despesas da corrida couberam ao camarada Trancador, que apesar dos infundados protestos do Alberto Rocador (que mais tarde viriam a ser rechaçados pela lente do Alberto Filmador), deu boa conta do recado. O pelotão reuniu novamente na ponte sobre o rio Valira, e seguiu em fila compacta até à estância de Soldeu, onde aguardava a hamburguesa da ordem.

Para grande alívio de todos, desta vez havia sombra com fartura, pelo que o Alberto Rosnador pode dirigir as suas energias contra a má qualidade do pão local. Mas logo as sombras se transformaram num céu negro de chumbo, e em menos de nada, o piso de madeira da esplanada ecoava com o barulho das bolas de “granito” gelado caídas do céu. A chuva caía de forma intensa e sem dar mostra de tréguas, pelo que a caravana começou a ponderar a hipótese de interromper a etapa a meio. O Alberto Medalhad’or ainda sugeriu alugar uma canoa expresso em direcção à Caldea, para que a sua viagem expresso não tivesse em vão, mas as condições não estavam de feição. E foi assim, com o espírito quebrado, que o pelotão iniciou a última descida do dia, onde ainda houve tempo para resolver alguns casos pendentes entre os atletas. Enquanto os irmãos Schelck discutiam para ver quem caía nas poças mais lamacentas, o Alberto Rosnador ameaçava as nuvens com uns valentes rotativos, e o Alberto Stressador media forças mais uma vez com o comprimento das mesas americanas (e este ganhou quase sempre), os Albertos Roncador e Trancador punham finalmente em pratos limpos a questão de quem tranca quem. No final do trilho, o Trancador ainda teve tempo de tirar os goggles e esperar que o seu adversário mais directo chegasse.

Lavadas as máquinas e enxaguado o equipamento, o pelotão destroçou em direcção ao hotel sem mais novidade. E como lá chegados ainda estávamos encharcados até aos ossos, em boa hora os Albertos Rosnador, Trancador, Roncador e Medalhad’or partiram em direcção às águas quentes da Caldea, para 3 horas de massagens aquáticas e lavar a vista da lama que marcara o final da etapa.

A hora do jantar foi aproveitada para definir a estratégia para a derradeira etapa. Os mais stressados e furiosos queiram ficar, enquanto o resto do pelotão se inclinava mais para os montes a Leste, em direcção a La Molina. E foi a pensar na estância de Alp 2500 que os camaradas recolheram aos seus quatros para preparar a partida madrugadora do dia seguinte. Uma nota: não houve passagem de modelos TLD...

ETAPA GRAN VALIRA 2

quinta-feira, agosto 26, 2010

Crónica Curta

Olá pessoal

Esta é uma crónica curta, pq foi feita no portatil magalhães, e tem inicio na sequência da crónica do Alberto Trancador.

Pois na quarta feira de manhã, estava de saida da Pousada da Juventude de Castelo Branco, onde passei uns dias com a familia para uns cálidos banhos nas piscinas locais e praias fluviais dos arredores. Depois de chegar ás 12h a Lisboa ainda houve tempo para um Big Mac, carregar a máquina os acessórios directos e um magalhães :))

O arranque oficial foi por volta das 14h15, mas passadas umas 3h já estava a ser mandado encostar na primeira de cinco operações stop. Esta foi em plena auto-pista com militares armados de metralhadoras, revistaram a bagagem até repararem na bruta arma que trazia debaixo do cobertor...A Mondraker Kaiser..."Boena bici, poedes ir"

O resto da viagem correu como previsto, apenas com curtas paragens para atestar, comer umas uvas e beber um Red Bull, foram feitos alguns contactos com a base sediada no Hotel Marco Polo, onde me iam dando umas previsões de chegada muito animadoras...(para quem conduzisse um Porche e não houvesse controlo de velocidade)
Os ultimos 120km foram realmente chatos de se fazer, pois ia cheio de fome, e estava literalmente tudo fechado e não se via ninguem na rua...medo...niguem...excepto outra brigada a fazer uma operação stop...as perguntas do costume..."de donde vienes, a dónde vas? bla bla bla...Boena bici, poedes ir" :)
A Chegada foi por volta das 3h locais, felizmente tinha lá o Careca á espera, á porta do Hotel...eu é que nem o vi...só quando a Lurdette do GPS me disse que tinha chegado ao destino, é que reparei que tinha de puxar o travão de mão e voltar uns metros atás.

Check-in feito, tralha no quarto, uma bucha, e ainda conseguimos durmir umas 5h...Era tb a média de horas de sono do Trancador devido aos decibeis nocturnos emitidos pela caixa do filtro do ar do companheiro Alberto Roncador. Ás 8h30 já andava um Stressado a bater na porta do quarto...Depois foi o desayuno, carregar as bicis na carrinha, e lá iamos todos direitos ás pistas de Grandvalira

Objectivo atingido! E como a minha Bici é Made in Spain, não houve stresses a coloca-la no suporte da cadeira :)), e que sensação esta, de ir a subir rápidamente e a apanhar o fresquinho da manhã da montanha, brutal!!
Brutal era tb o andamento da Militia, eu que tinha andado a ultima vez, na corrida do algarve em Fevereiro, e que apesar do tri-treino dos ultimos meses, ainda não tinha treinado os musculos dos antebraços e mãos...

O que vale é que o resto estava tudo afinadinho, e sobrevivi à primeira descida...e ás restantes que o Alberto Trancador fez a cortesia de apresentar, descemos as mais curtidas que o pessoal testou anteriormente, poupou-me ao inicio da pista Preta, mas mamei a segunda parte, no seguimento de outras 2 que iniciámos lá bem no alto...no fim já não leva-va o sorriso Pepsodente...doia-me tanto as mãaaaaaoooossss :))

Eu julgava que, como os ia encontrar no final da semana, a Militia já andava mais cansada e descontraida...cansados...tlvz...de resto era sempre no picanço uns com os outros he he, felizmente fizemos a pausa para a Hamburguesa, iguaria tipica dos Bike Park´s,

Á tarde fui salvo pela Tormenta de Granito LOL, e o Alberto Roncador tb, pois se lá fica-se acho que tinha de ir fazer mais uns duplos, road gap´s e afins :))
Efim...se não havia bike park...havia...CALDEA....YEEEEEEEEEE (Obrigado Careca :)
Infelizmente, mesmo depois do irmãos Schleck lá terem ido, e da nossa inssistência, não conseguimos convencer os cromos Stressador e Filmador - Cromos, aquilo é do melhorzinho que há para a nossa idade, e depois de uma longa viagem e um dia ou semana de pancadaria num bike park!!! Fica aqui o registo....

Olha ali nós de molho...Roncador! Tás a olhar para onde??
Quando estivemos no exterior...até chovia...que pena ha ha ha

Mas o que é bom acaba ao fim de 3h...boa hora para irmos jantar, rever os videos do dia, apertar os calos ao Roncador e decidir para ke bike park rumar no dia seguinte...Decidiu-se : La Molina, um Bike Park a 80km de Andorra, em crescimento e com muito potencial. Dispõe de telecabinas, e meia duzia de pistas, as vermelhas e preta...vai lá vai...alto calhau, muito DH, requerem muita técnica, foça nas manitas e travões potentes, na pista castor tb há obstáculos móveis...tipo vacas...e cavalos,
a pista azul é um sonho, rápida técnica, com alguns saltos, e a terminarem todas no wood Park, para umas brincadeiras finais.


Este spot no verão tb dá a possibilidade de levar a familia pois tem piscina, court de ténis, entre outras actividades para os miudos! Para nós tinha um par de mangueiras para lavar as buenas bicis.

A maioria da malta da Militia ao fim da tarde ainda teve pica para mais 1300km até casa...eu pessoalmente estava maduro, e para voltar não estava com muita pica, portanto, troquei um portatil pela companhia do Alberto Trancador e fomos abancar no Roc Blanc, Hotel com muita tradição nos Alpes, visto pertencer a uma lenda do Ski Mundial e quissá Castelhano ou Catalão?... :) May Luengo, além de pontaria para o Ski,tb tinha para a caça grossa, pelos troféus que se podem ver nas salas do hotel.



Para o Alberto Rosnador haveria um elixir para o fazer esquecer os pombos fugitivos...
Para variar o jantar foi Hamburguesa, mas desta vez com trago do Tio Sam (Burguer King), depois ainda houve tempo para uma snookerzada antes do descanço dos guerreiros...
No sábado de manhã, carregámos a tralha, e ála que se faz tarde, o inicio da viágem foi algo lenta dado a slaolon pelas vacas e as minas que iam largando...depois mais uma operação stop...e finalmente as auto-pistas...foi sempre a largar lume até o depósito ficar vazio antes de Madrid...Atesta, uma cola e uns biscoitos com 2000km e siga até nos cruzarmos com uma miuda a correr na auto pista a chorar baba e ranho, a mandar parar os carros e a tentar entrar, e que tinha saido de um opel corsa tuga...Primeiro pensamos em parar, resgatar a miuda, e partir a boca toda aos outros...depois pensámos melhor, metemos 1ª e arrancámos com receio de levar um balázio...seguimos com remorsos, só que felizmente fomos mandádos parar na 5ª operação stop...depois dos preliminares comuns a todas as outra, relatámos o visto, e confirmaram-nos que já tinham tomado conta da ocorrência :)...Lá seguimos pa bingo, e ainda chegámos a tempo de chegar a casa e fazer o jantar pa maria e 328 "sim querida" :))

Se eu podia passar estas férias de verão sem ir a Andorra? Podia...mas não tinha sido a mesma coisa. ha ha ha

Se podia escrever mais umas 3500 palavras? Podia, mas a malta curte é ver os filmes do Alberto Filmador.

A todos os que lá estiveram comigo. Um grande abraço, são os maiores!

Á minha esposinha que me aturou com beiçinho por achar que este ano tb não ia a Andorra...um grande beijinho e a promeça que para o ano tb vais!

E o plano vai ser: Tu e o Afonso vão de avião para Barcelona, eu vou de carro :)), 3 dias por lá para praia e ver a arquitectura local, 2 dias em la molina pa ver a fauna, flora e o rever o bike park, 4 dias em andorra para Caldea, compras e bike park, regresso com pit stop para by night em Madrid, no dia seguinte Mega Parque Aquático de Badajoz e caramelos, dormida em Vila Viçosa para visitar os primos cravar jantar e dormida...depois fica ao teu critério...mais alguém alinha? :))

Alberto Kilometrad'or

terça-feira, agosto 24, 2010

ETAPA VALLNORD 2



Mais um dia, mais Sol, apesar das previsões nada animadoras que chegavam da sala de refeições, por intermédio do compatriota Jorge. Como este minhoto radicado em La Massana já tinha falhado todas as previsões anteriores, o pelotão preparou-se para um mais um dia de calor e pó. E foi mesmo isso que teve.

Após mais um lauto pequeno-almoço, perfumado por um ligeiro aroma a cânfora que desde a noite anterior tomara conta do hotel, cabia agora enfrentar a primeira dificuldade do dia: fazer com que o idiota que dois dias antes nos tinha vendido o forfait errado rectificasse o seu erro e entregasse o almejado cartão “Bike Andorra” e as respectivas senhas (sendo que uma delas dava direito a uma bebida, como o Alberto Stressador fez questão de ir recordado ad nausea ao restante pelotão). Apesar da imensa bicha que já se formara àquela hora, o caso já era do conhecimento geral, pelos que fomos logo encaminhados para os serviços da estância. A Rosa tratou de tudo com eficácia, apenas interrompida aqui e ali pelo Alberto Stressador, que se queria certificar que os restantes membros da caravana também recebiam a senha para a sua bebida grátis.

Posto isto, o pelotão estava pronto a atacar novamente as encostas de Pal, a começar pela pista de 4x. Como esta estava “Tancat”, rumou-se ao sempre fiel wood park, logo seguido de uma séria de passagens pelo Pic de Cubil, onde houve tempo para fazer umas fotos. O ponto escolhido foi o mini wall ride, onde visto um bom exemplo de “como não fazer”, cortesia de um atleta local, (quase) todos os outros Albertos superaram sem dificuldades. Tal como no dia anterior, os irmãos Schleck envolveram-se numa discussão animada, para ver qual deles passava mais rente ao chão. Apesar das fotos captadas pelos Albertos Filmador e Rosnador, não foi ainda possível determinar a quem cabe a honra do wall ride mais baixo. Foi dirigido um apelo à UCI para recorrer ao photo-finish.

A surpresa da manhã estava contudo reservada para o Alberto Rosnador, em quem era já visível o transtorno provocado pela perda dos seus estimados pombos. Depois de mais uma sessão na pista Corpalanca, este Alberto decidiu que também tinha direito a ficar com uma recordação. Se bem pensou, melhor o fez: depois de passado o salto, e já com a recepção à vista, saca um portentoso no foot can-can to foot plant no relevê, e tudo perante o olhar estupefacto dos restantes Albertos. Perante esta demonstração de força, que deixou o Alberto Rosnador fora da corrida o resto do dia, o pelotão rendeu-se às evidências e rumou a La Massana para reabastecer.

Apesar dos avisos do Alberto Trancador que a R66 seria atacada a fundo, e sem paragens, este acabou por chegar em último, depois de, num pequena pausa para reagrupar, viu o restante pelotão passar descontraidamente rumo ao almoço, enquanto remendava um furo na máquina do Alberto Stressador (estragando um par de luvas novinhas em folha no processo, depois de ficar com um dedo entalado no eixo da roda, devido à pressão do Alberto Stressador para arrancar dali para fora, não fosse acabar o pão de forma).
Perante a debandada geral do pelotão para o refúgio do fiambre Nobre, os dois Albertos que ficaram na cauda da corrida sentaram-se comodamente no Granja e devoraram uma butifarra suculenta, enquanto lavavam a vista com outras carnes.

A parte da tarde foi marcada pelo abandono prematuro dos irmãos Schleck, nitidamente incapazes de aguentar a pressão colocada pelos restantes corredores. Enquanto estes se refugiavam a banhos na Caldea, a restante caravana recebia a melhor notícia da semana. O camarada Alberto Medalhad’or acabara de arrancar de Algés city, devendo alcançar o pelotão pela noitinha. Mas ainda não tinham saboreado esta novidade, já um susto assombrava os ciclistas. Depois de se ter esquecido da cabeça em Ouressa, o Alberto Stressador saiu da telecabine sem capacete (TLD, colecção 2072, pois claro), tendo corrido para dentro da mesma em desespero para o recuperar, já com as portas a fechar, perante o ar incrédulo dos restantes corredores e do operador do sistema.

A parte da tarde seria dedicada a explorar melhor a nova pista do Cubil, onde um duplo ainda resistia invicto. Com o Alberto Filmador na cabeça do pelotão, o obstáculo acabou por ser ultrapassado sem dificuldade por 75% dos corredores. Desmoralizados por continuarem sem fazer o pleno, os 4 Albertos partiram em direcção às encostas mais baixas, onde pretendiam apurar alternativas à R66. Arrumado logo à primeira passagem por falta de altura do material (e não de material à altura), o Alberto Trancador deixou os restantes companheiros a encontrar o caminho marítimo para Sispony.

As sombras já tinham coberto o vale de La Massana quando estes deram por finda a etapa, não sem antes o Alberto Roncador ter tirado a vida a um pobre piriquito-canário mudo, que se lhe atravessou à frente, confundido certamente o dourado guiador Answer com o seu adorado poleiro. Paz à sua alma...