Sintra freeride milícia
Paulo Aguiar "o fininho"
Hoje em dia qualquer jovem que compre uma bike tem ao seu dispor uma variedade imensa, algo que no meu tempo de juventude não existia em Portugal. Eu fazia descidas num pinhal que hoje é uma selva de prédios (Tapada das Mercês), com uma bicicleta de roda 20, daquelas que o quadro se dobrava ao meio para guardar dentro dos carros, chegava a descer à noite com dínamo na roda da frente, outras vezes era à chuva, era a loucura a adrenalina. Eu adorava aquilo, o mais parecido que tive com uma btt de roda 26 foi uma Órbita de ciclismo roda 28, que foi até partir o quadro de tanto descer naqueles pinhais, em que agora quando lá passo, olho com melancolia e saudades, pois quase nada resta. Isto tudo para que esta juventude de agora que gosta desde desporto se lembre sempre que este trilho que está aqui não nasceu sozinho, houve alguém que com muito sacrifício e trabalho o fez. Sem dúvida que o jovem que agora compre uma bike de Freeride ou DH, facilmente saltará os duplos do final do dh, se mandará para os drops do tuga shore etc, pois eles estão lá, alguém os fez. Quem os fez pouco importa, estão lá...Não pensemos desta forma egoísta, não quero nenhuma estátua pelo que já fiz naqueles trilhos, mas antes de eu lá passar os últimos 3 anos a cavar,martelar, andar à procura no meio dos picos da melhor linha para fazer o trilho, outros lá andaram antes de mim. Para mim uma das grandes figuras do Downhill nacional e do Freeride e que é também um dos fundadores do Sintra freeride Militia é o homem que praticamente sozinho fez nascer as pistas de DH da Malveira, desconhecido para muitos e um mito para outros. É o nosso conceituado engenheiro Fininho - Paulo Aguiar de seu nome, ele que se esforçou para evoluir à força da enxada, pois se queria saltar tinha de cavar, se queria um singletrack tinha de cavar, se era um drop tinha de o construir e assim evoluiu. Hoje, os jovens só precisam de um "Paitrocinio" e aí está uma superbike e todas aquelas descidas, saltos, curvas, drops, etc. é só evoluir rápido, coisa que no nosso tempo foi mais lentamente. Ao Paulo Aguiar ou Eng. Fininho, que acompanho há cerca de dois anos, e quase todos dias vamos 2 a 3 horas para a serra fazer trilhos, muito obrigado
O membro Nº1 da militia
Porquê Engenheiro?
Foi mais ou menos a pergunta que me fizeram hoje: como é que ele consegue imaginar aquelas pistas, calcular os saltos e onde colocar as recepções etc? Tem uma costela canadiana? Ou será o parente do Digger ou do Dangerous Dan?
Muito reservado e calmo, é hoje a força motriz da estrutura da militia, embora desgostoso com o desgaste das suas 1ªs obras primas, os trilhos da Malveira, virou-se para outras vertentes da serra. Zonas privadas em que se obteve autorização para se construir e andar. Por isso se tenta limitar ao máximo o número de utilizadores, fazendo com que os mesmos participem também ou na construção dos trilhos ou na manutenção, e em ultima instância, contribuindo monetariamente para a aquisição de materiais. No fundo, esta será mais ou menos a nossa definição de militia.
Hoje somos de cerca de 20 membros, embora se saiba que exista outras pessoas que já tendo descoberto os trilhos, por lá passem, para eles é fundamental que leiam e compreendam porque razão fazemos isto. No estrangeiro, sem dúvida países mais visionários e evoluídos que Portugal, desta enorme propriedade nasceria um bike park, e aí todos tínhamos de pagar e se forem ver, os preços, não é assim tão barato. Entrem em contacto com o Fininho e venham ajudar e participar na militia.
E assim fica apresentado o principal membro da milícia o Nº 1.
THE REAL Special one
Para que todos os praticantes desta modalidade do btt que não o conhecem, e para todos os outros reparem bem o que seria de nós se ele não tem começado com uma enxada desde lá de cima do alto da peninha até cá a baixo á malveira, ah pois é, se calhar não se chamaria Paulo Aguiar ou fininho ou Sr engenheiro... Terias tu coragem e força de vontade para fazeres aquelas pistas todas?Ao vento ao frio ,com calor com chuva...Merece apena pensar nisto, por vezes perder uma tarde e não andar de bike e no próximo fim de semana ter novos saltos para fazer para o resto da vida.
J.P
"O ervilhas"
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