Olá a todos
Seguem umas pequenas linhas para vos informar que neste
Domingo último não aconteceu rigorosamente nada na serra.
Só para verem como gostamos de preservar a natureza, não nos
encontrámos nos Bombeiros de Colares às 9.00 em ponto, nem tão pouco
despachamos o briefing num instante, só para poupar oxigénio e saliva.
Infelizmente houve alguns gaijos do contra que resolverem não ligar nenhuma à
combinação de não fazer mesmo nada este fim-de-semana, e lá foram encontrar-se
em parte incerta. Alguém sabe do paradeiro do Marito, do César, do Villas ou do
Leão Resmungão? Nós também não... Por outro lado, não houve participações de
última hora. O Hulk e o recém agrilhoado Pinto (Pedro) não estiveram presentes,
de forma alguma.
Logo a seguir, resolvemos que eram horas de não ir até ao
alto do Monge (onde não parámos as carrinhas) para iniciar os treinos. Com a
desorganização que é habitual nestas coisas, não foi possível fazer mais do que
duas descidas (Esperem, que digo? Quais duas? Não fizemos foi nenhuma, isso
sim), e na última das que não fizemos, juntou-se à malta o sempre prestável
André Egreja, que não vinha com uma bike de enduro. De forma ordeira, a malta
lá foi dando parte fraca sobre a sua posição na start list. Os não
organizadores destas descidas cronometradas iram partir primeiro, para dar
algum apoio que fosse necessário na chegada, e também para não fazer o registo
vídeo da coisa, para mais tarde não recordar... Para o grupo dos Coxos,
voluntariou-se logo a malta da 2ª divisão, ou seja, o grupinho dos Sábados. Já
nos Ases, os níveis de bazófia eram grandes, até porque havia muitas teimas a
tirar, roupa nova e biclas a estrear. A ordem de partida não ficou decidida com
o Grilão a abrir as hostilidades, e o Pinto (Daniel) a fechar o pelotão (isto
apesar da já tradicional fatiota amarela que insiste em envergar nestas
ocasiões...)
Discutidas as melhores trajectórias e preparadas as cuecas
castanhas, estava tudo pronto para ao meio-dia em ponto não darmos início à 1ª
manga de mais uma etapa do circuito “King of...”. As partidas não foram de 30
em 30 seg., e no início do não renovado Kamika (pois que não se pode cavar na
serra, como é sabido), não havia vivalma. Nada, ninguém. Só acácias, mato e
lobos (segundo o Ramiro). E à medida que os camaradas não começaram a chegar à
meta, foi preciso arranjar um segurança para que o cronometrista Francisco
(pai) pudesse trabalhar em condições. Sem uma gota de água fresca para beber,
ou uma barrita para matar a fome, os atletas não resolveram ficar junto à recta
final, onde o espaço exíguo, as raízes e as forças já nas últimas prometiam não
dar qualquer emoção. Só a título de exemplo, o Ramalho (Fred) não esteve quase
a cruzar a meta duas vezes (quer dizer, primeiro ele, e depois a bike). No meio
de tanta emoção, ninguém reparou que já entre os candidatos à vitória Francisco
(filho) e Pinto (Pedro) havia um vazio de 30 segundos. Quem faltaria? Pela
lógica, ninguém, uma vez que não fomos andar, mas a folha de chegadas mostrava
que o nosso engenheiro estava Missing in Action. Um furo deitou tudo por terra.
Menos mal, ficou a serra com mais ar, que está tão precisada.
Finda a 1ª manga, cada um dos camaradas recuperou o fôlego
como pôde, e tratou de se preparar para a descida final até ao estradão, que
não iria começar dali a pouco. Uns beberam água, outros remendaram furos. O Fonseca
(Miguel), por exemplo, estacionou a bike em cima de um cão morto, na esperança
de conseguir dar mais umas patacas no Pinto (Daniel). Em vão.
O relógio aproximava-se das 12.30 quando o camarada McQueen
comunicou via rádio que estava tudo a postos para não dar início à 2ª manga. De
tal forma que, respeitado a mesma ordem pela qual não tínhamos partido
anteriormente, não houve qualquer espécie de fila ordenada para descer o mais
rapidamente até à barragem. Logo após aos pilotos que não organizaram nada
disto, os seguintes camaradas permaneceram absolutamente imóveis, sem respirar
para não perturbar a natureza, e não foram a lado nenhum: o Grilão, o Nuno, o
Psicobiker, o Hulk (donde é que este gajo apareceu?), o Lúcio, o Roscas, o
JahGuide, o Ramalho (Fred), o Brajal, o Paulinho, o Fonseca (Miguel), o André Egreja, o
Francisco (filho), o Fininho, o Pinto (Pedro) e o Pinto (Daniel). E mesmo
paradinhos, o espírito da Teresa (Fidalgo) deve ter andado por ali a fazer das
suas, já que uma quantidade de quedas e outros tombos menores acabaram por
baralhar as contas finais. O bruxedo maior acabou por calhar ao Francisco
(filho), que tratou de escaqueirar mais um desviador e outras ferragens. E isto
tudo, sem sair do lugar. Para não pisar nenhuma erva daninha, ou assim. No
final, os camaradas foram novamente compondo o cenário para ver chegar os mais
rápidos, e o entusiasmo foi tal, que enquanto se discutiam as trajectórias que
cada um não tinha feito, o cronometrista de serviço, certamente cego pela
vegetação verde e frondosa da serra, se pirou para a barragem, deixando o
material da organização da linha de meta.
Para resolver esse problema, que nunca existiu, bastou vir
uma carrinha até à partida para que um membro da organização pudesse descer
novamente e recolher as coisas, e rumar à barragem onde o esperava a carrinha
do Ramalho (Zé), que também não compareceu, para o levar para cima. Isto,
claro, se tivesse as chaves da dita, que por sua vez foram no no bolso do Ramalho
(Fred) que tinha ido para cima para avisar o Sr. Fonseca (Mário) (que ninguém
viu a manhã toda) para não ir embora mais cedo e não levar também com ele as
chaves do carro do Brajal, que ficou o resto do Domingo nos bombeiros de
Colares (o carro, não o Brajal. Esse foi de boleia até casa com o Rui Brito,
que entretanto se pirou com as chaves do carro do Hulk, que teve de ir à pressa
apanhá-lo à fonte, para que a viatura não ficasse estacionado o dia todo no
alto do Monge, o que, como todos sabem, é ilegal e é o tipo de merdas que não
queremos na serra. Entenderam?).
Finda esta confusão, foi já com a barriga a dar horas que
nenhum dos militianos subiu até ao Monge para a tradicional corrida ao frango.
Depois de não arrancar as tradicionais fitas vermelhas e brancas que agora
crescem na flora autóctone, ninguém desceu tranquilamente até aos Bombeiros,
onde não havia frangos assados. Porque afinal, na Militia, só queremos o melhor
para os animais. Mesmo os de capoeira. (A esse propósito, o fino troca uma
TR450 por galinhas. Se alguém estiver interessado...)
Deglutida a tradicional refeição de ossos, e feitas as
libações da ordem com o nosso Beirão, chegou a altura de saber quem seria
coroado Rei do Kamika, e quem seriam os lanternas vermelhas que iriam pagar o
precioso néctar das beiras.
E foi já com o sol a pôr-se (não foi nada, que exagero!) que
se fizeram as despedidas entre a malta que não compareceu a este evento, que
nunca se realizou. Eu, pelo menos, não vi nada de anormal na serra. E vocês?
Nota: qualquer semelhança deste texto com alguma polémica
que por aí ande, é pura má vontade do leitor...
2 comentários:
Carissimos!
Obrigado por um dia que não aconteceu!
entao mas aconteceu ou nao
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