Visitas

Free Hit Counters

Podes contactar com os camaradas:

Pesquisar neste blogue

quinta-feira, maio 31, 2012

Não se passou nada



Olá a todos
Seguem umas pequenas linhas para vos informar que neste Domingo último não aconteceu rigorosamente nada na serra.

Só para verem como gostamos de preservar a natureza, não nos encontrámos nos Bombeiros de Colares às 9.00 em ponto, nem tão pouco despachamos o briefing num instante, só para poupar oxigénio e saliva. Infelizmente houve alguns gaijos do contra que resolverem não ligar nenhuma à combinação de não fazer mesmo nada este fim-de-semana, e lá foram encontrar-se em parte incerta. Alguém sabe do paradeiro do Marito, do César, do Villas ou do Leão Resmungão? Nós também não... Por outro lado, não houve participações de última hora. O Hulk e o recém agrilhoado Pinto (Pedro) não estiveram presentes, de forma alguma.

Logo a seguir, resolvemos que eram horas de não ir até ao alto do Monge (onde não parámos as carrinhas) para iniciar os treinos. Com a desorganização que é habitual nestas coisas, não foi possível fazer mais do que duas descidas (Esperem, que digo? Quais duas? Não fizemos foi nenhuma, isso sim), e na última das que não fizemos, juntou-se à malta o sempre prestável André Egreja, que não vinha com uma bike de enduro. De forma ordeira, a malta lá foi dando parte fraca sobre a sua posição na start list. Os não organizadores destas descidas cronometradas iram partir primeiro, para dar algum apoio que fosse necessário na chegada, e também para não fazer o registo vídeo da coisa, para mais tarde não recordar... Para o grupo dos Coxos, voluntariou-se logo a malta da 2ª divisão, ou seja, o grupinho dos Sábados. Já nos Ases, os níveis de bazófia eram grandes, até porque havia muitas teimas a tirar, roupa nova e biclas a estrear. A ordem de partida não ficou decidida com o Grilão a abrir as hostilidades, e o Pinto (Daniel) a fechar o pelotão (isto apesar da já tradicional fatiota amarela que insiste em envergar nestas ocasiões...)


Discutidas as melhores trajectórias e preparadas as cuecas castanhas, estava tudo pronto para ao meio-dia em ponto não darmos início à 1ª manga de mais uma etapa do circuito “King of...”. As partidas não foram de 30 em 30 seg., e no início do não renovado Kamika (pois que não se pode cavar na serra, como é sabido), não havia vivalma. Nada, ninguém. Só acácias, mato e lobos (segundo o Ramiro). E à medida que os camaradas não começaram a chegar à meta, foi preciso arranjar um segurança para que o cronometrista Francisco (pai) pudesse trabalhar em condições. Sem uma gota de água fresca para beber, ou uma barrita para matar a fome, os atletas não resolveram ficar junto à recta final, onde o espaço exíguo, as raízes e as forças já nas últimas prometiam não dar qualquer emoção. Só a título de exemplo, o Ramalho (Fred) não esteve quase a cruzar a meta duas vezes (quer dizer, primeiro ele, e depois a bike). No meio de tanta emoção, ninguém reparou que já entre os candidatos à vitória Francisco (filho) e Pinto (Pedro) havia um vazio de 30 segundos. Quem faltaria? Pela lógica, ninguém, uma vez que não fomos andar, mas a folha de chegadas mostrava que o nosso engenheiro estava Missing in Action. Um furo deitou tudo por terra. Menos mal, ficou a serra com mais ar, que está tão precisada.



Finda a 1ª manga, cada um dos camaradas recuperou o fôlego como pôde, e tratou de se preparar para a descida final até ao estradão, que não iria começar dali a pouco. Uns beberam água, outros remendaram furos. O Fonseca (Miguel), por exemplo, estacionou a bike em cima de um cão morto, na esperança de conseguir dar mais umas patacas no Pinto (Daniel). Em vão.



O relógio aproximava-se das 12.30 quando o camarada McQueen comunicou via rádio que estava tudo a postos para não dar início à 2ª manga. De tal forma que, respeitado a mesma ordem pela qual não tínhamos partido anteriormente, não houve qualquer espécie de fila ordenada para descer o mais rapidamente até à barragem. Logo após aos pilotos que não organizaram nada disto, os seguintes camaradas permaneceram absolutamente imóveis, sem respirar para não perturbar a natureza, e não foram a lado nenhum: o Grilão, o Nuno, o Psicobiker, o Hulk (donde é que este gajo apareceu?), o Lúcio, o Roscas, o JahGuide, o Ramalho (Fred), o Brajal, o Paulinho, o Fonseca (Miguel), o André Egreja, o Francisco (filho), o Fininho, o Pinto (Pedro) e o Pinto (Daniel). E mesmo paradinhos, o espírito da Teresa (Fidalgo) deve ter andado por ali a fazer das suas, já que uma quantidade de quedas e outros tombos menores acabaram por baralhar as contas finais. O bruxedo maior acabou por calhar ao Francisco (filho), que tratou de escaqueirar mais um desviador e outras ferragens. E isto tudo, sem sair do lugar. Para não pisar nenhuma erva daninha, ou assim. No final, os camaradas foram novamente compondo o cenário para ver chegar os mais rápidos, e o entusiasmo foi tal, que enquanto se discutiam as trajectórias que cada um não tinha feito, o cronometrista de serviço, certamente cego pela vegetação verde e frondosa da serra, se pirou para a barragem, deixando o material da organização da linha de meta.


Para resolver esse problema, que nunca existiu, bastou vir uma carrinha até à partida para que um membro da organização pudesse descer novamente e recolher as coisas, e rumar à barragem onde o esperava a carrinha do Ramalho (Zé), que também não compareceu, para o levar para cima. Isto, claro, se tivesse as chaves da dita, que por sua vez foram no no bolso do Ramalho (Fred) que tinha ido para cima para avisar o Sr. Fonseca (Mário) (que ninguém viu a manhã toda) para não ir embora mais cedo e não levar também com ele as chaves do carro do Brajal, que ficou o resto do Domingo nos bombeiros de Colares (o carro, não o Brajal. Esse foi de boleia até casa com o Rui Brito, que entretanto se pirou com as chaves do carro do Hulk, que teve de ir à pressa apanhá-lo à fonte, para que a viatura não ficasse estacionado o dia todo no alto do Monge, o que, como todos sabem, é ilegal e é o tipo de merdas que não queremos na serra. Entenderam?).
Finda esta confusão, foi já com a barriga a dar horas que nenhum dos militianos subiu até ao Monge para a tradicional corrida ao frango. Depois de não arrancar as tradicionais fitas vermelhas e brancas que agora crescem na flora autóctone, ninguém desceu tranquilamente até aos Bombeiros, onde não havia frangos assados. Porque afinal, na Militia, só queremos o melhor para os animais. Mesmo os de capoeira. (A esse propósito, o fino troca uma TR450 por galinhas. Se alguém estiver interessado...)


Deglutida a tradicional refeição de ossos, e feitas as libações da ordem com o nosso Beirão, chegou a altura de saber quem seria coroado Rei do Kamika, e quem seriam os lanternas vermelhas que iriam pagar o precioso néctar das beiras.







Para a história desta prova que nunca aconteceu, e se alguém disser o contrário, eu nego, ficou assim ordenado o podium: 3º Pinto (Pedro), 2º Fonseca (Miguel) e em 1º, fazendo jus ao equipamento amarelo, o Pinto (Daniel). Já a garrafita foi divida pelos camaradas Grilão, Fininho e Francisco (filho), para gáudio dos restantes atletas.







E foi já com o sol a pôr-se (não foi nada, que exagero!) que se fizeram as despedidas entre a malta que não compareceu a este evento, que nunca se realizou. Eu, pelo menos, não vi nada de anormal na serra. E vocês?



Nota: qualquer semelhança deste texto com alguma polémica que por aí ande, é pura má vontade do leitor...

2 comentários:

Pedro Correia Santos disse...

Carissimos!
Obrigado por um dia que não aconteceu!

Anónimo disse...

entao mas aconteceu ou nao