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segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Militia Secreta


Dear All
Após várias tentativas falhadas, o chefe lá conseguiu reunir uma tropa jeitosa para irmos conhecer o spot mais secreto do país.

Para esta missão, foram escolhidos os camaradas que melhor soubessem guardar um segredo, e não os que têm mais andamento, conforme foi possível comprovar ao longo do dia.
O alinhamento desta vez era composto exclusivamente por Treks, para grande contentamento dos nossos patrocinadores.



Por volta das tantas horas (não posso dizer quantas, mas devia ser mesmo cedo, porque o Ramiro ainda estava a dormir...) carregámos a Transit e lá partimos em direcção a (censurado).
A viagem decorreu de forma animada, com as conversas a variarem entre o “Zzzzzzzzzz” e “Rrrronc”. E o mais conversador era o camarada Paulinho, claro está...
Pequena pausa na estação de serviço de... (fogo, como é o nome daquela terra, mesmo? Olha, varreu-se-me!) para café matinal e troca de condutor, e em menos de nada já estávamos a rumar no IPcoiso a caminho do ponto de encontro com os nossos anfitriões.
Estes, pelos vistos, devem ser amigos do camarada Daniel, pois à hora marcada ainda estavam em vale de lençóis. Após algumas breves indicações via telemóvel, lá conseguimos dar com o nosso objectivo.
Parada a viatura, saímos para esticar as pernas e fazer um reconhecimento sumário aos trilhos. A coisa prometia, e só mesmo o briol intenso que ainda se fazia sentir àquela hora nos fez regressar para dentro da carrinha a tiritar de frio. E como nem os pombos do Roscas conseguiam aquecer o ambiente, e perante a perspectiva de ficarmos a gelar à espera que os locais chegassem, o chefe decidiu logo mas é que era melhor que nos fizéssemos à vida e rapidinho. 


A partida já sabemos onde é, a chegada, olha, logo havemos de achar. E dito e feito. Os militianos equiparam-se e lá foram serra abaixo. O condutor designado, muito conhecido por ter um GPS na cabeça, deu logo com o local correcto (isso, e um telefonema proverbial enquanto andava perdido a menos de 100 metros do ponto desejado...). Já os restantes camaradas não estiveram pior, e tirando um pequeno engano que os levou até à aldeia de XXXXXX, bastou empurrarem as bikes uns 5 km estrada acima para finalmente darem com o caminho certo. Quando chegaram, o condutor entretinha-se a retirar o gelo que entretanto se começava a formar à volta das orelhas.


Quando voltámos ao início, já nos esperavam o Couto, nosso guia para o resto da manhã, e ainda o Armindo e o Mário, que devidamente munidos de sachola e pá, foram alisar os trilhos para nos facilitar a passagem. E que trilhos! A1, A2, A3 e Cansou fizeram as delícias de todos.
Estes Paradise Trails começam com uma pequena secção comum, e depois divergem para sequências alucinantes de relevês abertos e apertados, slaloms rapidíssimos pelo meio dos pinheiros, entre outras coisas. Cada um destes trilhos tem sensivelmente o mesmo grau de dificuldade (para além do road gap maior, não há nada de pornograficamente difícil) mas conseguem manter uma característica qualquer ao longo do trajecto. Sejam os pequenos gaps por cima de cursos de água, sejam os relevês, ou ainda uma trajectória escolhida por entre áreas menos densas de pinhal, em vez de outras mais cerradas. Em comum, a necessidade de manter a velocidade elevada, sob pena de se perder a fluidez e ter de transpor à mão obstáculos relativamente simples. Foi o que fizemos a manhã toda...
Os trilhos contam com ligações intermédias entre si, o que permite aumentar a diversão.
A meio do A2 existe ainda uma pequena secção com saltos, a que os construtores chamam Feira de Março, em homenagem aos carrosséis na feira da sua terra natal (eu sei qual é, mas não vou dizer...). Tudo isto devidamente indicado com placas de orientação. Um luxo.
No final, os trilhos desembocam numa secção mais técnica e apertada, cheia de raízes e pedras aguçadas, prontas a fazerem estragos. A meio, só isto: um river gap com um salto em transfer. Só não fomos lá porque a trajectória tinha gelo e um erro ali é banho na certa. Para a próxima não escapa (deves...).
E para os incautos que pensam que a coisa acaba ali, desenganem-se. Após um pequeno estradão e uma subidita (talvez o único ponto negativo dos trilhos, apesar de existir uma variante que permite evitar este inconveniente), surpresa! Agora que as pernas e os braços já estão quentinhos, venha de lá uma trialeira, mesmo à chefe. E se escaparem ao primeiro penedo, não se preocupem. Existem outros mais pequenos prontinhos para vos escavarem os pedais. A seguir a mais um estradão e uma descida bem rápida, os trilhos reúnem-se definitivamente, para acabar com um brutal wall ride já a entrar na aldeia cujo nome agora não me ocorre, mas tem qualquer coisa a ver com aritmética...
Durante a manhã deu para conhecer todos os trilhos, mas no final do dia ainda não conhecíamos todas as variantes.
De tarde acompanhou-nos o Joel, que disse “Venham, agora vou-vos mostrar aqui um trilho...” e nós “Oh, boa. Hei, espera lá, onde é que ele se meteu???” 


O Joel anda que se farta, mas lá acabou por confessar que a culpa é da bike

Na última descida o Fino lá teve que ir salvar a honra do convento e mostrar que em Sintra ainda há quem saiba andar em cima de uma bike de DH. Fez o road gap grande com muito estilo e provou que as Trek não fazem trak. Pelo menos não fazem sempre...
No total, despachamos 9 descidas entre as 10 da manhã e as 4 da tarde, num spot que é “Transit friendly”, ou seja não há cá estradas de terra batida para dar cabo da nossa querida viatura. Só alcatrão, e ainda por cima lisinho e sem trânsito. Até o Roscas conduziu!


Feitas as despedidas, prometemos voltar e desculpámo-nos da falta de andamento por causa do frio, por não conseguir ler as placas e por o Paulinho não ter trazido as cuecas castanhas. Mas ficou a promessa de que quando forem a Sintra, cá estaremos para os receber com toda a categoria. Por falar nisso, já conhecem as Torgas?

Antes de regressarmos à base, houve tempo de forrar as paredes do estômago com um petisco local, que por motivos de sigilo, não podemos revelar qual é. Mas temos a certeza que o Rodribike ia gostar...

6 comentários:

Miguel Fonseca disse...

epah só gajos feios ! LOL :)

MárioBTTCosta disse...

Pena não ter ido tb...mas alguem tem de trab ao domingo!!!
mas este domingo lá estarei

Turtle disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Turtle disse...

Foi Brutal ... apenas faltou acrescentar q além do Joel, outro rider, q n tem mais de 15 anos fez exactamente a mm brincadeira, disse "Paulinho, anda atrás de mim q te vou mostrar uma variante", e de certo q se meteu para uma IP qq, porque pelos trilhos n foi ... nunca mais o vi.

Anónimo disse...

Mais uma vez excelente report, belos trilhos, com malta impacabel. Venha de lá a próxima.

Anónimo disse...

Ok pronto tá bem. E os vídeos? Onde andam os vídeos?

PB