2º dia em VallNord
Vira o Disco e Toca o Mesmo
Inundado ficou o hotel
Do Reflex, o fresco perfume
Da Militia naquela manhã
Nem um ai, nem um queixume.
Cancelada a francesa etapa
Ao Lúcio jurámos eterna vendetta
Toda a manhã esperámos em vão
Pela almejada e verde papeleta.
Não quis colaborar a carrinha
Que de pronto nos levou ao taller
Era necessário trocar os travões
Mas não a um preço qualquer.
Repetia o matreiro mecânico
E com ar paternal insistia:
Estes discos estão mesmo nas lonas
“tengo que llamar la policía”
Resolvido o problema a contento,
Tornámos ao monte Cubil
Havia barrote e andamento ao molho
Tivemos uma manhã bem baril.
Há-de ficar para história
Um poema, um filme ou um hino!
Quando nas tortas curvas da 66
O matreiro McQueen aviou o Fino.
Mas o chefe não vai em cantigas
E sobre o atrevido o castigo abateu
Ligou lesto a máquina de fazer cair
E do travão, o disco derreteu.
“Não há problema!” dissemos
De travões, trazemos um bom stock.
Só quando o desmontámos se viu
Que aquela porra era um disco Center Lock.
Mas a sorte protege os audazes
E ao McQueen continuou a bafejar
De todo o principado, o cobiçado disco
Conseguiu deitar mão ao único exemplar.
Cruzámos sem azar a Aduana
Por um acaso que a fortuna assina
Não havia seguro, mas havia um melão
Que comemos saciados a caminho de La Molina
Cómodos e instalados no Roc Blanc
Reconhecido hotel, de tradição alpina
Invitou-nos o Sr. May para um jantar
Só para conhecedores da “catalá cuina”.
Dos pratos de caça, quero ainda cantar
Ao saboroso veado, valerosas endechas
Do tenro bicho, comemos as carnes
Regadas com vinho, as suculentas bochechas.
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